quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Morte do Beija-Flor

Escrevi esse texto já tem algum tempo, talvez 3/4 meses. Passando por um período conturbado eu o escrevi, e, como verão, estava lendo Clarice Lispector na época (A paixão segundo G.H.) e acabei copiando um pouco esse estilo dela de escrever (não que eu já não me espelhasse nela antes). Bem, espero que gostem, ele não é difícil, mas talvez alguns achem chato. Se quiserem eu posso fazer uma publicação depois "explicando" o texto.

É isso, espero que gostem. Deixem comentários (mesmo se for para falar que não gostaram).


A morte do Beija-flor.

Quando somos crianças temos a completa noção de que entendemos absolutamente tudo. É fácil resolver os problemas que surgem e as diferenças - quase sempre com um par-ou-ímpar. Porém, apenas uma coisa não fazia sentido. Os adultos.
Adultos se estressam por tudo, gritam com quem não conhecem e às vezes mesmo com quem mais gostam! Bebem coisas nojentas e amargas, fumam longos canudos malcheirosos, usam palavras fúteis, frases longas e complexas orações subordinadas. Parecem-se muito com as crianças, mas se ofendem quando ouvem a comparação. As crianças, por mais estranho que pareça, queriam ser adultas ao mesmo tempo em que eram crianças, porém estas ainda têm em si todo o conhecimento, todo o sono, toda a disposição e um senso de justiça aguçado que às vezes não compreende a misericórdia, no entanto tudo entendem da solidariedade, especialmente com outras crianças.