Homenagem ao dia do descanso, posto que todo dia é o domingo de nós mesmos.
domingo
os domingos me são opressores.
o tempo escorre sem a possibilidade
de nos agarrarmos a qualquer coisa.
fica essa coisa inerte
esperando pelo amanhã,
pelo quando,
pelo a fazer
pelo descanso.
não sou capaz de entender nada aos domingos.
tudo parece minúsculo frente a semana que virá.
todos os anos passam pelo domingo.
a saudade é o que fica,
é aquilo em que se insiste em lembrar.
é dos pessimistas o domingo,
é de tudo aquilo um saco,
é de tudo lido um asco,
é de tudo feito acaso.
aos domingos
não sou capaz de entender nada,
se nas palavras que falam não creio.
domingo, 16 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
a perfeição é o mínimo
a perfeição é o mínimo.
A perfeição é o mínimo.
É tudo aquilo que me afasta;
um projeto inalcançável;
um modelo que me reprime.
É a letra com a qual me disperso.
São as palavras com as quais me exprimo
(ou com as quais tenho de me exprimir).
São as cores com as quais devo agradar.
Os atos, o gozo, o paladar
e por vezes o prazer medido,
contido, ao qual precisamos nos render.
A perfeição estava tangível.
Mas nem o mínimo se é alcançável
às vezes.
O máximo é o ser não contido.
O Futuro Imperfeito do meu tempo,
ao meu tempo.
A perfeição é o mínimo.
É tudo aquilo que me afasta;
um projeto inalcançável;
um modelo que me reprime.
É a letra com a qual me disperso.
São as palavras com as quais me exprimo
(ou com as quais tenho de me exprimir).
São as cores com as quais devo agradar.
Os atos, o gozo, o paladar
e por vezes o prazer medido,
contido, ao qual precisamos nos render.
A perfeição estava tangível.
Mas nem o mínimo se é alcançável
às vezes.
O máximo é o ser não contido.
O Futuro Imperfeito do meu tempo,
ao meu tempo.
Assinar:
Postagens (Atom)